terça-feira, 2 de agosto de 2016

Um ritual contra o abuso sexual

Um ritual contra o abuso sexual

O drama de meninas africanas ressalta o de outras espalhadas pelo mundo. Saiba mais

 

 Um procedimento muito comum em algumas regiões africanas para proteger as meninas do estupro e do assédio sexual tem chamado atenção. É o chamado “ritual de achatamento dos seios”, que consiste em deixar as meninas “menos femininas” comprimindo os seus seios e, para isso, é usado um ferro ou uma pedra quente.
Em recente relatório, a Organização das Nações Unidas (ONU) concluiu que cerca de 3,8 milhões de meninas africanas, entre 11 e 15 anos de idade, já participaram do ritual, que, em 58% dos casos, é praticado pela própria mãe.
Só que a preocupação em protegê-las de um problema de uma maneira tão cruel expõe essas garotas a outros muito maiores, como câncer, abcessos, febres severas e até o desaparecimento de um ou dos dois seios.
Mas será que tirar da criança o direito à integridade do seu corpo e à saúde é  o caminho para livrá-la de abusos, que é um problema não só na África, mas em todo o mundo?
Em 2014, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revelou em um estudo que mais de 5,4 milhões de brasileiros foram vítimas de abuso sexual na infância. A violência sexual é o segundo tipo de violência mais comum entre crianças de zero a 9 anos, perdendo apenas para a negligência e o abandono.
Um aspecto devastador desse tipo de abuso é, ainda de acordo com o estudo, que “entre todos os tipos de violência precoce, o abuso sexual é provavelmente o evento que leva a consequências mais drásticas e que permanecem a longo prazo”. Quem viveu essa terrível experiência confirma isso.
Orientação
No blog da escritora Cristiane Cardoso, Tereza Silva, a responsável pelo trabalho do Godllywood (trabalho de valorização da mulher desenvolvido na Universal) na Austrália, relatou como se sentia, mesmo muitos anos depois de um abuso que sofreu na infância. “Eu não tive culpa do que aconteceu, mas o meu erro foi ter demorado anos para enfrentar essa realidade – mudar a minha maneira de pensar, a forma como me via e reagia. Aceitava ser a coitada por causa de tudo o que aconteceu e pensava que não tinha como mudar isso”, compartilhou Tereza.
Um dos trabalhos desenvolvidos pelo Godllywood é o do grupo Raabe, que ajuda mulheres vítimas de abuso. A responsável pelo trabalho no Brasil, Carlinda Tinôco, explica que, nos casos que chegam de crianças vítimas de qualquer tipo de abuso, a mãe é orientada a buscar um conselho tutelar e, paralelamente a isso, recebe apoio emocional e espiritual para enfrentar uma situação como essa. “Nós no Raabe temos profissionais voluntárias para dar toda orientação sobre como proceder”, ressalta Carlinda.


A UNIVERSAL leva Gianni Albertoni  (modelo e apresentadora) na Fundação Casa.  


 Logo que brilhou o sol Rosana, com a equipe de voluntárias, se dirige à Fundação Parada de Taipas. Um lugar deserto, guardando quase sessenta internas que cometeram deslizes na sociedade.
Na idade de 14 a 21 anos ali elas permanecem, e dentro da rotina vão se socializando e se educando nas regras e leis a cumprir.
Chegando à quadra, um espaço cedido para o evento, elas aparecem sorrindo e cumprimentando o grupo da AMC que lhes espera.






 Inicialmente Rosana agradece aos responsáveis e funcionários, valoriza o trabalho desenvolvido pelo Pr. Geraldo Vilhena, da Igreja Universal, onde, semanalmente, com um grupo de apoio busca resgatar a ideia perdida,  e mostra, através da palavra de Deus, que há uma nova chance para  quando ficarem livres desse passado.
É feita uma oração de agradecimento e são convidadas a participar de um café da manhã preparado por todas as voluntárias.






























 No retorno, são presenteadas com um livro que fala do Pecado e Arrependimento, onde Rosana lê uma página e explica o significado de se perdoar. Dá o incentivo de uma nova chance e, ainda com todos os erros cometidos, Deus está pronto para recebê-las com o arrependimento. Todas atentamente dão ouvidos e acompanham cada palavra.






 Para surpresa das meninas a AMC leva um Kit de maquiagem para cada uma, e Gianni Albertoni  (modelo e apresentadora), com todo o brilho e luz, ensina como se maquiar. Todas muito atentas fazem uma roda ao seu lado e começa a aula.
Gianni com sorrisos e simpatia comenta cada detalhe e pinta as meninas de forma profissional, dando muitas dicas dos passos que se devem seguir. Elas, que também fazem alguns cursos profissionalizantes dentro da Fundação, dizem que foram privilegiadas com essa visita.
Sempre muito alegres, não deixam transparecer que, por trás de cada uma, já exista uma história marcante. Acreditamos que se existir nas instituições motivação, oportunidade de trabalho e educação seguramente muitas delas serão beneficiadas e, saindo, terão chance de um começo diferente: sem droga, sem roubos, sem homicídios.  É necessário que existam leis não só para a prisão, mas que existam, no mundo, sistemas de melhorias de condições para as classes sociais afinal, sempre estamos na esperança de um país em desenvolvimento, porém também com condições mais apropriadas e de visão para dignidade do próximo.
Nada justifica, mas tudo colabora. Com Deus, trabalho e educação muitos estariam protegidos e longe da força do mal.
Finalmente, Junior com seu violão anima  as meninas que cantam diversas músicas,  secular e gospel, que  fazem a alegria de todos.
















 Carlinda finaliza com uma oração, pedindo a Deus a sua misericórdia e determinando um novo coração na vida de cada uma delas.






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